AKPALÔ
– FAZEDORES DE ALÔ
A
Prefeitura de Sete Lagoas, através da Secretaria de Cultura e Juventude
apresenta a exposição AKPALÔ – FAZEDORES DE ALÔ na Galeria Myralda, e anexo, a
partir do dia 8 de agosto 2014. A mostra procura reiterar a importância da nossa cultura de raízes,
focando na expressão Afro-brasileira o reforço à sua relevância cultural. A
exposição apresenta um dos pilares da nossa cultura por meio da sua música,
pintura, escultura e capoeira, tentando inserir o Alô por meios de ¨outros¨ Akpalô
sem com isso desvirtualizar os registros em torno da história contada
originalmente pelas velhas mucamas. Por isso a curadoria resolveu trabalhar com
outras categorias, como resgistros fotográficos, e as já citadas artes, como um
método de registro do olhar sobre suas comunidades em sua relação com os nossos
artistas e produtores culturais. Nesse sentido,
nossa proposta é resgatar e contar histórias através da imagem e ainda o
entrelace de outras categorias artísticas.
O vernissage será em grande estilo- iniciando-se a partir das 20 horas com
uma mini procissão da Guarda de Congo Nossa Senhora das Graças, em frente a
Casa de Cultura ¨Francisco Timóteo Pereira¨, Sete Lagoas – MG. A evolução da Guarda findará
dentro da Galeria, dando como aberta a exposição dos Artistas populares; ERLEI PEREIRA E ILTON TELLES. Ambos
sobejamente conhecidos pela população local. Dando continuidade ao evento,
também será apresentado a performance do Maculelê e a Puxada de Rede. Essas
performances são muito conhecidas pelas pessoas que apreciam a capoeira e seus
desdobramentos culturais. Trata-se de um oferecimento da Cia da Capoeira (MESTRE PAULINHO GODOY) e do Projeto Capoeira de Araçaí. A exposição estará
aberta ao público na Galeria Fernandino Junior, que funciona em anexo à Galeria
Myralda, a partir do dia 12 de agosto (terça feira). Nesse mesmo dia estará
falando sobre música de raízes, o MESTRE
SAÚVA, também uma pessoa muito conhecida no meio de samba de roda, e da
cultura popular na cidade e região. Ele exibirá diversos ritmos e apresentações
musicais no auditório da Casa da Cultura a partir das 20 horas. Entrada franca.
O evento já está sendo conhecido como ¨1º Encontro de Cultura Afro-Brasileira de Sete Lagoas¨. Ele
extrapolou entusiasticamente, a exposição de artes visuais dos artistas Erlei e
Ilton e agregou valor de inclusão social, o que está sendo visto como uma
reverberação da semana de consciência negra ¨temporã”. Mas muito bem vinda,
porque é um somatório de esforços para debelar a intolerância e serve como
difusor da coexistência através das tradições, seus mitos e valores da cultura
brasileira.
Para não faltar esclarecimentos à população, a palavra ¨AKPALÔ¨ tem
haver com os escravos do século XVI que contavam histórias e criavam mitos em
torno da presença africana no Brasil. Em nagô significa ¨contador de histórias,
aquele que guarda e transmite a memória do seu povo¨. Como a própria curadoria
da exposição bem disse, ¨houve uma migração do sentido original da palavra de
origem nagô para um sentido amplificado às artes visuais, que assim como o
Maculelê e a Puxada de Rede, contam – à suas maneiras – histórias radicadas em
seus princípios de perpetuar a cultura. ¨ O Erlei conta, através das suas
pinturas em estilo naïf, suas vivências em torno do Congado, Igrejas e Santos,
enquanto o Ilton Telles, externa seu sincretismo religioso por meio das suas
modelagens em argila, dos orixás e máscaras africanas de médio porte, além de
objetos recorrentes da origem Afro.
Galeria Myralda
A Galeria Myralda funciona nas dependências físicas da Casa da Cultura
"Francisco Timóteo Pereira" em Sete Lagoas - MG. Foi reconhecida pela
lei nº 8.031 sancionada pelo ex-prefeito Mario Márcio Paulino (Maroca) aos
12/junho/ 2011.
Inicialmente elegeu-se uma comissão curatorial (voluntária) para
responder pelo funcionamento da galeria que contou com a participação: Adriana
Drummond, Dmtrius Cotta, Frederico Rocha e Luciano Ribeiro. Dessa comissão de
transição permaneceu o comunicador, artista visual e educador social; Dmtrius
Cotta, nomeado aos 14 de agosto/ 2011 e que atua cumprindo a função de diretor
e curador. Até o momento, esse curador executou 48 curadorias ao longo de 4
anos à frente da Galeria Myralda. Em dezembro de 2014 completará 53 exposições,
além de ações especiais tais como; recepção de projetos extras de exposições
institucionais, etc. No geral foram mais de 120 artistas que expuseram na
Galeria, oriundos de diversas cidades mineiras e de outros estados, incluindo
aí duas curadorias especiais de embaixadas.
A política de ação cultural que vem sendo desenvolvida por esse curador
e produtor cultural se pauta em trabalhar duas vertentes; a primeira, voltada
para disseminar a cultura local na região de Sete Lagoas. A outra;
expansionista. Esta, pautada em convites a coletivos e artistas de outras
cidades e estados brasileiros a exibirem seus trabalhos na Galeria. O que se pretende
alcançar é o diálogo cultural da arte brasileira, tendo como protagonista a
cidade de Sete Lagoas. Propiciar o desenvolvimento dos processos de turismo cultural.
O curador acredita que por essa ação estaria incentivando o surgimento da
economia da cultura criativa e assim criando o interesse na redução da evasão
de artistas da terra para outros estados da federação e outros países. Além de
contribuir para a positiva identidade cultural da cidade por meio da sua
expressão plástica. É projeto do curador a implantação de programa de bienais
de arte, ampliação e reforma do espaço da galeria, programas especiais de
residências artísticas, a implantação de edital de arte cobrindo 300 cidades
mineiras, programas de oficinas de arte e cultura, etc... Isso tudo depende de
entendimentos entre o curador, o secretario de cultura, e o prefeito.
O diálogo com expositores, público visitante e sociedade, tem sido
constante a fim de aproximar as ações da Galeria a uma média ponderada que
satisfaça - enquanto incentivo - o apoio às artes visuais.
Sendo uma galeria pública, o tipo de curadoria praticado é a
institucional porém, a liberdade de expressão organizacional dos eventos que
compõem a agenda da galeria, é plena. Não sofrendo qualquer intervenção de
ordem hierárquica.
Por esse viés acredita-se na contemporaneidade de governos que
respeitem a liberdade de expressão e a diversidade como fator de tolerância.
GALERIA MYRALDA
AV. GETULIO VARGAS, 91
SETE LAGOAS – CENTRO
CEP 35700 046
+55 (031) 3773 5687
face = galeria myralda
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